terça-feira, 29 de março de 2011

Thalita Chagas Silva Araújo

Estudante: Thalita Chagas Silva Araújo

Graduação em Pedagogia - UFBA

Orientadora no Mestrado: Profº Drº Félix Díaz

Título do projeto de dissertação:
TRADUZIR-SE: DILEMAS E POSSIBILIDADES NA INTERPRETAÇÃO EDUCACIONAL.

Um pouco do que tenho pensado...

Historicamente, o TILS é um profissional que sempre esteve em parceria com as pessoas surdas. Seja como a pessoa que transpõe às informações advindas do mundo ouvinte para os surdos e vice-versa, ou em militância ao lado dos surdos, lutando pelos direitos de toda sua comunidade. Direitos estes que pouco a pouco vêm sendo legitimados por meio de leis e decretos federais, como a regulamentação da Libras e, recentemente, da profissão no Brasil (Lei 12.319/2010).

Porém, somente a partir das mudanças dos paradigmas que consideram a diferença lingüística e cultural do sujeito surdo e da legislação recentes que enfatizam a sua condição bilíngue é que tem se pensado na formação deste profissional e refletido acerca dos papeis, dentro dos diversos espaços sociais, assumidos por ele.

Dentre estes espaços destaco o educacional, entendendo a particularidade cultural e lingüística das pessoas surdas é imprescindível a presença do profissional TILS nas salas de aula que tem alunos surdos incluídos.

A partir desse novo olhar a Secretaria de Educação do estado da Bahia, desde 2009, tem realizado a contratação destes profissionais, através de contratos de Prestação de Serviço Temporário – PST, visto que ainda não existe este profissional no seu quadro funcional. Porém, pouco foi questionado a estes TILS com relação a formação e consciência do trabalho de um intérprete educacional. Além disso, a comunidade escolar não recebeu previamente esclarecimentos acerca da função deste profissional e isto tem causado desvio nos papéis exercidos pelos intérpretes educacionais já atuantes na rede pública estadual de Salvador.

Diante desta situação, deve-se lembrar que as pessoas surdas têm um histórico de exclusão educacional devido, principalmente, às barreiras lingüísticas na escola. Desta forma, é urgente assegurar o direito conquistado para que suas aulas sejam ministradas em sua própria língua. No entanto, esta garantia por si só, ainda não soluciona a questão da acessibilidade às pessoas surdas à educação formal. Entender o problema vivido por esta população crescente em força e articulação política, passa por dissolver as confusões de papeis vividas pelos TILS educacionais da atualidade, enquanto agente articulador da inclusão educacional do surdo.

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