Blog da disciplina EDC 603 Educação, Sociedade e Práxis Pedagógica do Programa de Pós Graduação da FACED/UFBA. Ministrada pelos professores Miguel Bordas e Cecília de Paula.
terça-feira, 26 de abril de 2011
PROJETO DE LEI Nº 982, DE 2011: a sombra da irracionalidade
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Fundação de docentes da USP cria graduação paga e é criticada por universitários
- FIA se mudou da Cidade Universitária e se desvinculou da USP, mas mantém docentes da universidade em seu quadro
Para o presidente da Adusp (Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo), professor João Zanetic, a criação de um curso pago por uma fundação ligada à USP "surpreendeu" a associação e caracteriza "conflito de interesses": "na minha avaliação há um claro conflito de interesses se professores da FEA montam uma graduação paga, inclusive no que se refere ao financiamento de uma universidade pública", disse.
Pelo fato de a fundação não ser vinculada à USP, o curso não precisa de autorização da instituição para funcionar. Segundo o professor Adalberto Fischmann, chefe do departamento de administração da FEA e coordenador de projetos da FIA, a USP e a FEA foram comunicados sobre o curso e o acharam positivo. O reitor da universidade, João Grandino Rodas, teria até dito que compraria ações do curso, caso fossem lançadas por IPO (Initial Public Offering).
"Ideologia retrógrada"
O coordenador de MBA internacional da FIA (responsável pela implantação da graduação) e professor da FEA-USP, James Wright, discorda do posicionamento da Adusp: ele não acha que haja conflito de interesses porque os professores do curso da FIA não são docentes da USP.Para Wright, as criticas são fruto de uma "ideologia retrógrada" da associação, que é contrária a fundações. "Querem [a Adusp] que a USP seja isolada da realidade empresarial. O objeto de pesquisa de administração são as empresas, é importante interagir com elas", disse, defendendo a FIA e sua graduação.
Quanto à afirmação dos estudantes da FEA-USP de que o curso esteja ruim, o professor discorda: "o curso da FEA e o da FGV-SP são os melhores do Brasil. Prova disso é que as empresas mais conceituadas do mundo vêm recrutar estudantes aqui. Agora, se tem coisas que os alunos querem, deveriam pedir mais. A teoria administrativa explica isso: quando o cliente é exigente, a qualidade melhora. Sempre digo que eles precisam exigir mais", disse.
Estudantes são resistentes a mudanças
De acordo com o professor Fischmann, não é a maioria dos alunos da FEA que criticam a nova graduação da fundação, mas "uma massa querendo fazer barulho". Ele diz desconhecer o fato de monitores darem aula no lugar de docentes e explica que o monitor só auxilia o professor nas aulas: "Se houver distorção desse papel, está errado, e ele deve ser punido".Dos 80 docentes da graduação da FEA, cerca de 50 estão também na fundação, trabalhando como pesquisadores, diretores ou ministrando aulas. Fischmann afirma que as atividades na FIA não atrapalham as atribuições na USP: "Muito pelo contrário, esses professores são os mais produtivos, os que tem as melhores pontuações, e que mais participam de congressos no Brasil e no exterior".
O professor salienta que o curso da FIA não pode ser comparado ao da FEA por ter menos alunos e ser mais experimental e que, pela dinâmica dos alunos da USP, a implantação de matérias como as da FIA sofreriam resistência da maioria deles. Ele explica que os estudantes, ao começarem a estagiar ou trabalhar, preferem, no geral, disciplinas não "tão puxadas". Por conta disso, o curso está passando por uma revisão curricular, para se aproximar às necessidades do mercado.
FONTE: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/04/25/novo-curso-da-fia-e-laboratorio-diz-coordenador.jhtm. acesso em 25/04/2011
quarta-feira, 20 de abril de 2011
ATA DA AULA DO DIA 19.04
Nosso encontro de hoje, começaria com a exibição do documentário Waiting for Superman, sugerido por Leonan, porém como um momento da aula estava destinado a reuniões entre as duplas e trios para os seminários, e aquele possui quase 2 horas, ficou acordado que posterior a apresentação dos seminários, voltaremos a apresentação do Superman!
Prof. Cecília comentou que na data provável de 03 de maio, haverá as instruções sobre a produção do ensaio, que se caracteriza por ser o produto final da disciplina. Este ensaio deverá contemplar o tema da disciplina, Educação, Sociedade e Práxis Pedagógica aplicado no seu projeto, o que isto representa ou como se expressa no mesmo.
Na sequência foram exibidos os documentários Violentamente Pacífico (trazido por Ivan, e que já tem um link neste blog) e A Carta da Terra, de Leonardo Boff e trazido pelo prof. Miguel. Aquele é um manifesto de um representante das classes menos favorecida. Um morador do Bairro da Paz, que vocifera sua indignação com o atual estágio da (des)organização política (o mesmo chama de politicagem) e conclama aos seus a uma revolução Violentamente Pacífica. Já A Carta da Terra é um documentário, que consiste em um conjunto de princípios e valores fundamentais, que devem nortear as pessoas e Estados no que se refere ao desenvolvimento sustentável, servindo como um Código ético planetário.
Após as exibições houve os debates e o prof. Miguel comentou sobre o II Congresso Nacional de Educação Ambiental, que ocorrerá em João Pessoa, entre 12 e 15 de outubro. Prof. Miguel ainda sugeriu que produzíssemos artigos, para apresentação (data limite para envio é 30.06). Maiores Informações em www.cnea.com.br.
Antes do momento reservado para as reuniões sobre o seminário, houve como de praxe o nosso lanche. A única diferença é que as empadas de minha querida Eveline, se consolidaram como o lanche mais gostoso até o momento.hehehe.
Nas reuniões, prof. Miguel nos acompanhou e nos orientou sobre a temática do seminário.
Boa Páscoa, e até o dia 26!!
Entrevista com Marcola
Entrevista do Marcola
23/05/2006
Estamos todos no inferno. Não há solução; pois,
não conhecemos nem o problema.
Você é do PCC?
- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível... Vocês nunca me olharam durante décadas... E antigamente era mole resolver o problema da miséria... O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias... A solução é que nunca vinha... Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez: alocou uma verba para nós? E nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a "beleza dos morros ao amanhecer", essas coisas... Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo... Nós somos o início tardio de vossa consciência social... Viu? Sou culto... Leio Dante na prisão...
- Mas... A solução seria...
- Solução? Não há mais solução, cara... A própria idéia de "solução" já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma "tirania esclarecida", que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC...) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios...). E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psico-social profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível.Não há solução.
- Você não tem medo de morrer?
Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar... Mas eu posso mandar matar vocês lá fora... Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba... Estamos no centro do Insolúvel, mesmo... Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração... A morte para nós é o presunto diário, desovado n’uma vala... Vocês, intelectuais, não falavam em luta de classes, em "seja marginal, seja herói"? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha... Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante... Mas, meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse País. Não há mais proletários ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feitas "com autorização da Justiça"? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo.
- O que mudou nas periferias?
Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$ 40 milhões, como o Beira-Mar, não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório... Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no "microondas"... ha, ha... Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados. Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.
- Mas o que devemos fazer?
Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas... O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, "Sobre a guerra". Não há perspectiva de êxito... Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas... A gente já tem até foguete antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí... P’ra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também "umazinha", daquelas bombas sujas mesmo... Já pensou? Ipanema radioativa?
- Mas... não haveria solução?
Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a "normalidade". Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco... Na boa... Na moral... Estamos todos no centro do insolúvel. Só que nós vivemos dele e vocês... Não tem saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabe por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: "Lasciate ogna speranza voi che entrate!" Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
FÁBRICA DE DIPLOMAS? RESPEITEM AS INDÚSTRIAS!
Violentamente pacífico
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Aula de 12 de abril de 2011
O que eu fiz de errado?
segunda-feira, 11 de abril de 2011
O DOCUMENTÁRIO "TRABALHO INTERNO" E A CAMPANHA GOVERNAMENTAL AMERICANA PELO "FIM" DA ESCOLA PÚBLICA "ESPERANDO O SUPERMAN": O Império em Ruínas?
Quem tem vantagens com a globalização?
V EBEM
MARXISMO, EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO HUMANA
Informamos que as conferências do V EBEM serão transmitidas online.
Seguem abaixo as instruções para assistir as teleconferências:
Entre em:
http://www.eventos.ufsc.br
- Clicar em "Formaturas" (à direita)
- Clicar em "Ao Vivo"
OU ENTÃO
2)Entre diretamente em:
http://server.stream.ufsc.br/
AS CONFERÊNCIAS TAMBÉM ESTARÃO SENDO GRAVADAS E SERÃO DISPONIBILIZADAS NO SITE:
http://arquivos.stream.ufsc.br
terça-feira, 5 de abril de 2011
Playing for Change
Aula 23 de Março
Alguns links interessantes:
Blog: http://ufcculturadepaz.blogspot.com/ (Blog desenvolvidopor educadores e pesquisadores da UFC para divulgar ações de cultura de paz nas escolas)
Email do grupo: culturadepazufc@yahoo.com.br Email da professora Kelma: kelmatos@uol.com.br
Programa escola aberta (citado pela colega Ana): http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12367&Itemid=817
Texto (proposto por Prof. Miguel Bordas):
MADURO, O. Mapas para a festa: reflexões latino-americanas sobre a crise e o conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1994.
*Assim que algum programa "não me morder" (motivo de tamanho atraso) postarei o audio de alguns trechos da aula!
segunda-feira, 4 de abril de 2011
ESTUDO DE CASO: A INTER E A TRANSDISCIPLINARIDADE NA PRÁXIS PEDAGÓGICA DE UMA FACULDADE DE SALVADOR
PROBLEMA: Como os conceitos da inter e transdisciplinaridade se situam na práxis pedagógica e que significados produzem para docentes e discentes?
- Identificar e compreender os momentos de cisão do conhecimento que deflagraram o processo de disciplinarização para, a partir desse reconhecimento, dar conta do surgimento e ascensão do discurso da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade.
- Relatar as dificuldades decorrentes da implantação dessa proposta e suas determinantes.
sábado, 2 de abril de 2011
Formação e Aquisição de Conceitos Científicos da Cultura Corporal na Disciplina Escolar Educação Física
O objeto de estudo é o trato com o conhecimento na disciplina escolar educação física. A formação e aquisição de conceitos científicos no trato com o conhecimento da cultura corporal nas aulas da disciplina escolar educação física é a delimitação do estudo. A questão central do estudo se estrutura da seguinte forma: quais os nexos internos (processo teórico-dedutivo do concreto) entre a formação (movimento no desenvolvimento histórico do conceito) e aquisição (interiorização – transmutação de ações interpessoais em intrapessoais) dos conceitos científicos da cultura corporal no trato com o conhecimento na disciplina escolar educação física? O objetivo é identificar os nexos internos entre os processos de formação e aquisição dos conceitos científicos da cultura corporal nas aulas da disciplina escolar educação física, tendo em vista contribui para uma didática histórico-crítica na educação física.
- A natureza histórico-social do conhecimento da cultura corporal carrega em si uma perspectiva de transformação de método de pensamento, pois o processo de produção dos conhecimentos da cultura corporal tem sua natureza determinada por formas diferenciadas de modo de vida, de organização social e de humanização, alguns com raízes ancestrais, que se diferem da experienciada no modo capitalista de produção da vida.
- A investigação dos nexos internos entre formação (movimento no desenvolvimento histórico do conceito) e aquisição (interiorização – transmutação de ações inter em intra psíquicas) dos conceitos científicos da cultura corporal, no trato com o conhecimento na disciplina escolar educação física, e sua codificação em enunciados de atividades corporais (EAC) que expressem a sua natureza histórico-social, pode possibilitar a “análise e abstração dos atributos essenciais do objeto como singularidade da generalização técnico-científica” (grifo nosso) (DAVYDOV, apud SAVIANI, 2003), orientado por “diferentes etapas do conhecimento e conforme as vias de generalização, que são basicamente três - 1) a generalização empírica elementar, 2) a generalizações pela análise e pela síntese, 3) a generalização científica[1], afirmando o ato de pensar na educação física como uma “reconstituição mental” do objeto (Idem, ibidem). “A transformação dos dados sensoriais pela atividade dá-se por meio das operações de análise, síntese, abstração e generalização – características peculiares ao nível mais desenvolvido do pensamento [...] teórico, também denominado científico [...] (Idem, ibidem)”.
03).