domingo, 27 de março de 2011

2ª aula - 22/03/2011 - Fragmentos da Aula 02

A aula de hoje foi longa e densa!  Muitas informações, muitas referências!

O doutorando Leonan explanou a respeito dos seus dilemas  de conhecer como era a formação humana do trabalhador. Como apreendê-la? Através da Filosofia da práxis! Perceber como é a formação humana do trabalhador não é uma categoria tangível... exceto  se observar os modus  através dos quais ele a exterioriza, utilizando para isso a categoria "trabalho".

O professor Miguel Bordas discorreu sobre a idéia de "descrição densa" de Clifford Geertz, em a Interpretação das Culturas, e voltou a falar das "ausências e emergências", como um ponto de partida para pensar a práxis da Educação, dentro de uma abordagem que envolva as propostas de pesquisa do grupo para que se possa ir delineando os caminhos que a disciplina percorrerá.

O professor Miguel Bordas apresentou algumas referências para essas discussões, entre elas, o livro Cultura de Paz, Ética e Espiritualidade, de Kelma Socorro Alves Lopes de Matos, que estará conosco no dia 29/03. Apresentou o livro de Perez Gomez, A cultura na sociedade neoliberal, indicando para leitura o cap. 2, que aborda os Valores e tendências que presidem os processos de socialização na época pós moderna; e sugeriu o cruzamento com o texto de Moema Toscano, em seu livro Introdução à sociologia da educação, no cap. 13, onde a autora apresenta indicadores sociais e culturais em Educação e desenvolvimento.

Houve um breve debate sobre a ilusão que o conhecimento pode provocar. Foi colocado que o maior inimigo que temos é o próprio pensamento, que acredita conhecer, mas tem apenas uma fotografia da realidade. A grande verdade é a mentira do pensamento, que produziria algo como o "necrotério da realidade".

Leonan indagou sobre como se trabalha idéia de tempo na fenomenologia. O professor Miguel referiu-se à fenomenologia como ciência das vivências. Falou sobre a possibilidade que as culturas têm de conviver com a realidade, e discorreu sobre teorias semióticas.

Houve um momento de discussão sobre o que Boaventura entende como ausências e emergências.

O professor Miguel Bordas citou também Zygmunt Bauman, falando sobre as novas formas de institucionalização da pobreza, que cria uma legião de "pobres carteirinha". Ele se referiu, com isso, à carreira moral dos assistidos por todas a gama de "bolsas" que são implementadas pelas políticas sociais, no Brasil (bolsa família, bolsa escola...).

Foram citadas, pelo prof. Miguel e colegas mestrandos e doutorandos, referência para o estudo do conceito de práxis. Entre elas, destacaram-se: Gadott, Nosella, Bandão, Saviani, entre outros. Na discussão, foi colocado que a idéia de práxis tem a ver com o conceito de hegemonia, contra-hegemonia, inclusão e exclusão, sendo Gramsci uma leitura obrigatória.

Citou-se a tese de doutorado de orientando do professor Dante Galeffi, que trabalha com John Dewey. Também a referência Mapas para a festa, o conhceimento na América Latina, faz um tratado da epistemologia do conhecimento.

Já no final da aula, discutiu-se sobre a precarização da educação na Bahia e muitas questões desse contexto foram trazidas por todos.

Houve a indicação do filme The Corporation, A Ilha das Flores e História das Coisas. Esses dois últimos, seguem abaixo.

Na próxima aula haverá um primeiro momento com a Doutora Kelma Socorro Alves Lopes de Matos e no segundo momento, a discussão sobre o filme Trabalho Interno, proposto pela profª Cecília.

Na conclusão da tarde, reunimo-nos para o lanche trazido por Adriana Pinheiro, especialmente levado para o aniversário da colega Thalita.




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